- Sério. Quero que o rabo de vocês pegue fogo! – Repetiu Dílson – Vocês sempre cagaram na minha cabeça!
Cada vez mais o povo aplaudia o pobre Dílson. Ele lá, parado com aquela tão conhecida cara de tonto. Pobre Dílson. Nem no seu momento de glória as coisas davam certo. Tomou mais um gole do seu uísque e continuou.
- Vocês todos sentados aqui são um bando de falsos, um bando de filhos da puta mesmo. Todos com esses sorrisinhos no canto da boca. Vocês nunca deram a mim o valor merecido. O único que realmente gosta de mim é o Agenor!
A gargalhada foi geral. Dílson tinha que meter o Agenor no meio. Seu fiel e companheiro cusco, como ele mesmo gostava de chamar. Um cachorro de raça indefinida que o acompanhava nos passeios pela visinhança todos domingos e que só o pobre do Dílson achava bonito.
- Agenor é meu melhor amigo. Sempre tenta me deixar feliz e me recebe com pulos de alegria, ao contrario de vocês que só me esnobam – continuou Dílson – Ahhhhh que saudade do Agenor!
Cada vez mais o povo gargalhava da cara do Dílson. Como ele era engraçado. Algumas pessoas já se arqueavam de tanto rir. Até mesmo a esposa do Dílson chorava de tanto rir daquele monólogo cômico sobre o “cusco”.
Ele ficou ali, sobre o toco perdido em pensamentos alguns segundos, vendo o Agenor correndo feliz pelo campo abanando o rabinho tomado pela sarna. Então ele voltou a si. O povo continuava rindo dele. Rindo do Dílson, o melhor amigo do Agenor. Então ele:
Então o que aconteceu?
a) Dílson jogou uísque e ateou fogo em sua sogra sentada na primeira fila para mostrar que falava sério.
b) Sentiu-se bem. Todos estavam rindo sinceramente de suas palavras. Como ele era engraçado. Como nunca havia pensando em ser palhaço?
c) Saiu correndo para casa. Iria fugir com Agenor.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
Votação encerrada!
Atraves desse modesto e pouco culto blogueiro que vos fala (Ricard0), declaro encerrada a votação para o enredo "EU explodo, tu explode e Dilson?". Então, dando uma de Pedro Bial, digo que a votação foi impressionante, e atingimos E (grifei de propósito) superamos a nossa meta. Agradecemos á todos vocês que colaboraram com o nosso primeiro sucesso (Deus queira que sejam muitos), e continuem sempre fazendo parte do Tude-cide, afinal de contas, tu que decide o final (trocadilhoridículoescrevitudojuntoporquenãotenhomaisnadaprafazereacheiqueseriaengraçado).
Aaaaah! A alternativa escolhida, com a maioria massacrante dos votos, foi a "C", e o próximo post deverá surgir no nosso tão aclamado, quanto estimado blog, já na próxima quarta-feira.
Fiquem com Jah, e mais uma vez, em nome dos quatro tude-cideanos, OBRIGADO!
Aaaaah! A alternativa escolhida, com a maioria massacrante dos votos, foi a "C", e o próximo post deverá surgir no nosso tão aclamado, quanto estimado blog, já na próxima quarta-feira.
Fiquem com Jah, e mais uma vez, em nome dos quatro tude-cideanos, OBRIGADO!
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Eu explodo. Tu explode. E o Dilson?
Ele parou, molhou os lábios, como se ao acaso fosse pronunciar um nome santo. Semi-cerrou os olhos, exaltando de tal forma, o enorme prazer que tinha naquele ato. Levantou a mão esquerda, como bom canhoto, afim de que todos prestassem atenção no ato, que dali em diante, passaria a ser lembrado por toda a eternidade, ao menos na vida dos Silva Silveira. Assim, pronunciou, pausada e grifadamente: -BAN-DO DE FI-LHOS DA PU-TA!
O Dílson era o típico engole sapo. Passou toda uma vida sendo alvo de piadinhas. Era calmo, e pacífico, a medida do possível, por ter sido criado de forma humilde, e estar ali, envolvido com tanta gente fina e elegante, depois de ter se formado em engenharia civil, ele não se adaptara, e nem queria.
Todos falantes, e da alta classe social, discursavam em um tom de voz sempre incisivo, Dílson nunca soube usar a voz como de fato deveria, era ainda, um índio velho da fronteira, como o chamavam, toda vez que ele atendia uma ligação ao celular, pois gritava como se estivesse tentando manter contato com alguém que estava a quilômetros dali, mas por viva-voz, sem aparelho algum, apenas no grito. Era o jeito dele, não mudaria.
Certa vez, fora atingido por uma pedra, sim, uma pedra, que o bostinha do filho do Joaquim, um amigo dos pais da mulher do Dílson, que eram da alta sociedade, o jogou. O piá tocou a pedra e saiu rindo, mesma coisa que fizeram os cornos dos pais dele, riram da cara do Dílson.
Diversas vezes, ele foi humilhado. Mas isso não ficaria assim. Decidiu-se. No dia do casamento da irmã mais nova da Clara, sua esposa, ia se declarar. Eles iam ver quem era o Dílson. Claro, a decisão foi tomada no próprio dia do casamento, embalada por diversas doses de uísque importado.
Na hora da cerimônia, realizada no campo, (coisa de veado, pensara o Dílson), ele encaminhou-se ziguezagueando, até um toco de madeira que estava disposto ao lado do altar, lá, usou-o como palanque, e proferiu a máxima: BANDO DE FILHOS DA PUTA! Eu quero que o rabo de todos vocês pegue fogo...
O que aconteceu com o Dílson depois disso:
a)Foi vaiado e tirado aos tapas pelo segurança do local
b)Caiu desmaiado de bêbado e acordou no leito de um hospital...divorciado.
c)Foi aplaudido em coro, pois ninguém entendeu o que ele queria dizer com aquilo, e o aplauso foi irônico, já que sempre fora o bobo da corte.
O Dílson era o típico engole sapo. Passou toda uma vida sendo alvo de piadinhas. Era calmo, e pacífico, a medida do possível, por ter sido criado de forma humilde, e estar ali, envolvido com tanta gente fina e elegante, depois de ter se formado em engenharia civil, ele não se adaptara, e nem queria.
Todos falantes, e da alta classe social, discursavam em um tom de voz sempre incisivo, Dílson nunca soube usar a voz como de fato deveria, era ainda, um índio velho da fronteira, como o chamavam, toda vez que ele atendia uma ligação ao celular, pois gritava como se estivesse tentando manter contato com alguém que estava a quilômetros dali, mas por viva-voz, sem aparelho algum, apenas no grito. Era o jeito dele, não mudaria.
Certa vez, fora atingido por uma pedra, sim, uma pedra, que o bostinha do filho do Joaquim, um amigo dos pais da mulher do Dílson, que eram da alta sociedade, o jogou. O piá tocou a pedra e saiu rindo, mesma coisa que fizeram os cornos dos pais dele, riram da cara do Dílson.
Diversas vezes, ele foi humilhado. Mas isso não ficaria assim. Decidiu-se. No dia do casamento da irmã mais nova da Clara, sua esposa, ia se declarar. Eles iam ver quem era o Dílson. Claro, a decisão foi tomada no próprio dia do casamento, embalada por diversas doses de uísque importado.
Na hora da cerimônia, realizada no campo, (coisa de veado, pensara o Dílson), ele encaminhou-se ziguezagueando, até um toco de madeira que estava disposto ao lado do altar, lá, usou-o como palanque, e proferiu a máxima: BANDO DE FILHOS DA PUTA! Eu quero que o rabo de todos vocês pegue fogo...
O que aconteceu com o Dílson depois disso:
a)Foi vaiado e tirado aos tapas pelo segurança do local
b)Caiu desmaiado de bêbado e acordou no leito de um hospital...divorciado.
c)Foi aplaudido em coro, pois ninguém entendeu o que ele queria dizer com aquilo, e o aplauso foi irônico, já que sempre fora o bobo da corte.
Assinar:
Postagens (Atom)