terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Enigma de Marlene - Final

-...Diga a Toniollo que ele me deve, e só depois que me pagar lhe darei o que quer. Sabes bem, quem nem mesmo se quisesse me mataria. Devolva minha chave, minha amada Marlene, eu voltarei ao meu ponto e tornarei a vender meus cachorros-quentes.
Armindo assustou-se ao ver novamente os fartos seios aproximando-se, arrepiou-se ao sentir os carnudos lábios da moça deslizando em seu pescoço e descendo, seu zíper abrindo devagar já causava calafrios. Ao reerguer o rosto, a moça com a genitália de Armindo em mãos, segura firme em ferro, como uma agulha de tricô, ardendo no calor de um isqueiro.
-Armindo, isso pode ser prazeroso e rápido, ou muito lento e dolorido, embora eu prefira a segunda opção, não tenho muito tempo e aceitarei a primeira. Onde estão os malotes?
Assustado Armindo suava frio, e mantinha-se calado, imóvel, com que se estivesse vivenciando uma experiência fora de seu corpo. Estava tão inerte a situação que nem percebeu o objeto metálico, avermelhado pelo calor, adentrando sua uretra vagarosamente. Quando voltou a si, um gemido seco e rápido foi sua resposta a dor, então, desmaiou.
Sonhava com Marlene, tudo que ela havia lhe proporcionado e ainda o faria, e em uma súbita falta de ar ele acordou, ele sentiu a água entrando em seus pulmões, quando puxaram sua cabeça para fora de uma banheira. E assim, sucessivas vezes, até que Armindo desmaiasse novamente.
-Sr Toniollo, ele não quer falar, tentamos de tudo, não adianta. Acredito que ele vá morrer com o segredo. Disse a formosa moça dos avantajados seios.
-Cáspita! Oque foi que ele disse?
­- Disse que o senhor deve a ele, e sabe que devemos matá-lo, quer a Kombi e voltar a sua vida normal. Disse ela.
- Dio Santo Filha mia, não és capaz de arrancar simples palavras de um vendedor qualquer! Ele falou somente o que io mandei. Esperava mais de você. Infelizmente perdeste, os negócios ficarão nas mãos de Francesco. Melhor retornar a Itália, sabe bem que seu irmão não a quer viva. Sinto muito, te voilo muito bene amada mia....

terça-feira, 28 de julho de 2009

O enigma Marlene -Parte dois

O Sequestro

“Como explicaria o fato de que não era o cara certo?”, “o que fazia aqueles brutamontes pensarem que era o cara cero?”, “seria ele o cara certo?”. Dúvidas. A cabeça de Armindo era ladeada, sondada e habitada por milhares de dúvidas. E Marlene, que destino dariam à Kombi mais magnífica que o mundo já tomou conhecimento?

- Sabe, Armindo, o por que te pegamos? - disse o homem mais alto, encapuzado e de terno, que agora dirigia Marlene.

Armindo não sabia o por que, mas ao ouvir o seu nome, ficou claro a ele que era o cara certo. Não tinha mais certeza de nada. Ou já entendia tudo. O fato é que não houve tempo para que fizesse juízo de qualquer assimilação. Caíra desacordado após inalar uma substância de odor forte e desagradável.

Acordou, detido, acorrentado e amordaçado em um lugar estranho, que definitivamente não era a Marlene. Que destino o aguardava. Armindo sofria de um transtorno, e pouca gente sabia. Tinha mania de limpeza, além de uma série de outros tiques nervosos, sofria do popular “toc” (transtorno obsessivo compulsivo). Naquele lugar imundo, não conseguiria se controlar, porém, suas mãos estavam amarradas às costas, não tinha me mobilidade para bater com a ponta das unhas no dente canino, coisa que fazia frequentemente, quando estava nervoso.

“Que lugar era aquele?”, “por que o pegaram?”, “o que fizera?”. Dúvidas, aliás, Armindo era inseguro, será possível que soubesse ao menos seu próprio nome? O certo é que estava detido e acima da tudo, Marlene estava com eles. Era como se um filho fosse tirado de seu ventre e entregue ao esmo.

Tremia com o vento que soprava forte e com a escuridão que adentrava o cativeiro, quando a porta do local irrompeu e dela surgiu um vulto esguio e pequeno.

- Levanta, vamos dar uma volta. Tu tem algumas coisas para nos contar. - disse o bandido encapuzado.


Armindo obedeceu, com relutância levantou e ali ficou até ser acompanhado aos chutes pelo sequestrador. Voltou para Marlene e que estava estacionada ao lado do seu cativeiro. Estavam em uma espécie de fazenda.

Ao entrar na kombi, que já era habitada por mais duas pessoas, surpreendeu-se ao ver que uma mulher estava com eles. A mulher expunha seios rijos, e fartos num decote obsceno que permitia a Armindo deseja-lha mesmo que pudesse morrer em suas mãos. A mulher estava encapuzada.


- Seja rápido em suas respostas e lhe pouparemos dor – disse ela, com voz suave e mexendo mecanicamente a boca carnuda e sensual. Definitivamente a desejava, e possibilidade de dor iminente a tornava ainda mais caliente. Seria sadomasoquista o Armindo? Talvez.


- Essa Kombi, como tu bem deves saber, pertenceu ao chefe da máfia italiana, Segnor Toniollo, que a descartou há algumas decadas. Sabemos, senhor Armindo, que o senhor a adquiriu em um negócio envolvendo muitas drogas. O que acontece é que sabemos da sua importância no mundo do crime. E o que queremos é saber que fim o senhor deu aos malotes com dinheiro que foram deixados no carburador da kombi? Lhe proporcionarei prazer se colaborar. - e dizendo isso, esfregou seus fartos seios no libido de Armindo, que mesmo apavorado exitou-se por completo.

Armindo preparou a garganta – que ficara ainda mais seca após a investida da moça - Começou sua fala com reticências, exatamente assim:
- …

O que dirá Arimindo?

A) Não sei do que estão falando. Sou um mero amante da Kombi, vendo cachorro quente, e as marcas brancas no banco não são o que estão pensando.

B) Diga a Toniollo que ele me deve, e só depois que me pagar lhe darei o que quer.

C) Raquel, tu foi longe demais com as tuas fantasias, eu cheguei a ficar apavorado. Quero terminar nosso namoro.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

VOTAÇÃO ENCERRADA!

Letra C, por unanimidade, venceu esta semana.

Aguarde para descobrir o mistério de Marlene!

terça-feira, 21 de julho de 2009

O Enigma Marlene

Parte um - Mistério


Inseparáveis. Estes eram Armindo e Marlene.
Sem Marlene, era como se Armindo não existisse. Ela era o coração, o cérebro e os rins do pobre vendedor de cachorro quente.
Esta paixão começou há cerca de 5 anos. Lembro bem do dia em que acompanhei Armindo até a concessionária para escolher seu estabelecimento de trabalho: Uma Kombi seminova: A Marlene. Até o momento, era uma simples Kombi em regular estado de conservação que, transformada em uma simplória cabine de cachorro quente, transformou-se, também, na paixão de Armindo.
Os negócios estavam indo cada vez melhor, e o sucesso do empreendimento, segundo ele, era todo da Marlene:
- “Ela é quem atrai os clientes!”
- Armindo, você conquistou certa clientela, mas não acha que está na hora de trocar de carro? Sei lá, uma van mais moderna, tu podes cuidar dela tão bem quanto cuida da Kombi...
Desde este dia, não nos falamos mais.
Aquilo foi um desaforo para Armindo. Foi como se pedissem que trocasse de sexo, por exemplo. Existia algo muito mágico que ligava o meu amigo àquela lata velha. Como poderia alguém se apegar à um objeto tão antigo e mal cuidado? Era mais forte do que ele.
Certo dia, passando pelo ponto gastronômico mais famoso da pequena cidade, eis que me espanto com a ausência da Marlene.
Algo muito sério teria acontecido, para Armindo não comparecer ao trabalho, principalmente durante a semana, que sempre tem movimento.
Solteiro, Armindo morava com o pai, em uma casa de madeira, maltratada pelo tempo e visivelmente necessitada de um toque feminino. Com ele mesmo que eu iria conversar.
- Seu Pasqual, desculpe o incômodo, mas precisava saber: O que aconteceu com o Armindo? Não o vi no trabalho hoje e achei muito estranho...
- Nem te preocupa, com o Armindo deve estar tudo bem, o problema é aquele caco velho, que ele insiste em tratar com tanto carinho. A tal de Marlene.
- Mas o que houve com a Marlene?
- Desapareceu aqui de casa e, como o Armindo não me conta mais as coisas, nem pedi o motivo do sumiço. Tomara que tenha caído na real e comprado um carro com menos furos na lataria.
Notei a frieza de seu Pasqual, um homem que, desde que o conheci sempre fora sério e de poucas palavras. Sendo assim, resolvi fazer apenas mais uma pergunta a ele:
- Mas bem sabe o senhor que seu filho não vive sem aquela Kombi. Não lhe preocupa?
- Mais cedo ou mais tarde ele entenderá e aceitará.

O que teria acontecido a Marlene? Qual seria o motivo do sumiço misterioso dela?

Tude-cide:

a) Um comerciante concorrente roubou Marlene, tentando tornar-se o melhor vendedor de Cachorro Quente da cidade;

b) O pai de Armindo, que conhecia alguma macabra história sobre o passado desta Kombi, tentou desfazer-se dela, para que seu filho não sofresse do mesmo mal que contava a lenda;

c) Armindo fora seqüestrado e, à bordo da Kombi, segue uma viagem sem rumo, refém dos seqüestradores (Porque alguém seqüestraria aquele ferro velho? O que Marlene teria de tão especial? Descubra!).

terça-feira, 14 de julho de 2009

O Silênico de Ari José

Final - A dúvida

Quando você chegou em casa, eu te tratei naturalmente, e quando fiz amor contigo, a no-i-te inteira, de-mo-ra-da-men-te.... Foi a canção da despedida, foi.. trilimmm trilimmmm. Um telefonema interrompe a música preferida de Ari.
- Sr Harry, pode falar.
- Claro Pâmela, é sempre um prazer ouvir sua voz minha linda. Responde Ari
- Resolvi aceitar sua oferta, afinal o senhor foi sempre tão bom pra mim, me ajudou tanto quando precisei, foi meu amigo, meu conselheiro, meu homem...
- Tudo bem minha querida, vai ser muito feliz e muito bem recompensada, as acompanhantes que eu mandei pro exterior já estão todas com dupla cidadania e trabalhando por conta própria, me objetivo não é o dinheiro, quero dar a chance das meninas brasileiras serem bem sucedidas.
- Obrigada Sr Harry.
- Josh, Sr Josh, assim que me chamará agora, trabalha pra mim.
- Tudo bem Sr Josh, aguardarei no lugar de sempre.
- Tudo bem meu pãozinho de mel. E assim acabou a ligação que permitiu a Ari seu feito tão procurado. Seu primeiro 1 milhão de reais.
A essa altura, Harry Josh não trabalhava mais no prédio, Dona Ernestina vivia sob desconfiança, não havia engolido a história do tio rico e herança milionária.
O Tráfico de mulheres para o exterior ia muito bem, até o dia em que Pâmela a mais linda moça garimpada por Josh, se apresenta como investigadora de polícia. Ali a posição social, o reconhecimento, o dinheiro, tudo se foi. Como se um vendaval houvesse passado e arrastado tudo. Sumiu como em passe de mágica, na verdade assim como veio, se foi.
Já na cadeia, Ari não queria nem ouvir falar em Harry, tão pouco Josh. Ele retorna a seu estilo pacato, paciencioso, acima de tudo respeitoso. Seu comportamento era plausível, era admirável e admirado. Tanto que ele já tinha a confiança dos carcereiros e também dos guardas da prisão, em função disso ele já tinha certas regalias, prestava serviços diferenciados, guardava documentos, conferia as pastas de detentos entre outros serviços administrativos.
Tudo ia bem, ele voltara a ser o bom moço de antes, respeitoso e respeitado, ele estava, na medida do possível, feliz de novo. A única coisa que lhe incomodava era a ausência de visitas, não havia recebido nenhuma nos 4 anos que já estava sob cárcere.
Até que em um belo dia, na sala de visitas existe alguém a espera de Ari José.
A visita perturbadora lhe diz - O que você acha de “Ari José, as histórias de um presidiário”.
Afinal, ele conhecia segredos;

domingo, 12 de julho de 2009

FIM DE PAPO

Votação encerrada...

A alternativa escolhida pela maioria foi a B... em breve, neste mesmo canal, o fim do pobre Ari Josh...

terça-feira, 7 de julho de 2009

O Silêncio de Ari José

Parte dois - revelações


Dona Ernestina nunca havia desconfiado de nada. Ari José nunca lhe deu motivos para desconfiança. Achava estranho o fato de seu marido, de uma hora pra outra, ser tratado pelos condôminos como uma espécie de rei do condomínio, e não como um porteiro normal, por mais que seja bem quisto por todos, costuma ser tratado. O Carro que Ari José havia recentemente desencantado também não tinha sido bem entendido por Dona Ernestina, pois seu marido nunca foi de comprar rifas, e simplesmente aparecera em casa com um veículo novinho em folha.
Pois bem, por mais que tudo estivesse um pouco estranho, dona Ernestina contentava-se com a sorte e o prestígio de seu homem.
Há alguns dias recebera uma ligação anônima, acusando seu marido de traição. Ousaram dizer para Ernestina que uma bela loura estaria na vida de Ari.
- Não do meu Ari! Calúnia!
Outras tantas ligações sondaram a vida dela nestes dias, todas com o mesmo intuito: destruir o que Ari tinha de mais valioso em sua vida. O Casamento.
Ernestina não acreditava em nenhuma palavra do que diziam os calhordas anônimos. Sempre confiante no seu “taco”, Ernestina tinha uma reputação a zelar, e via em Ari José, um homem fiel e de respeito. E ele realmente fora assim por boa parte de sua vida.
A última ligação foi pra acabar com a paciência da pobre Ernestina.
- Ari José, seu marido, volta e meia, rouba calcinhas das moças, no varal de roupas do condomínio. Não sei se ele as vende, ou se é uma espécie de obsessão, mas o fato é que ele tem feito isto há muito tempo. Observo a alguns dias, da janela do meu apartamento, e o vejo no ato.
Conturbada com tanta denúncia, Dona Ernestina resolveu averiguar a situação, para ter a certeza de que seu marido realmente era inocente.
Vasculhou todas as peças de sua casa, bem como do condomínio, e foi na casa de máquinas do elevador, atrás da caixa de ferramentas de seu Ari, que Ernestina encontrou uma sacola plástica, com dezenas de calcinhas usadas.
Dona Ernestina foi ao chão.
Pensou em conversar com Ari, para ver a sua reação. Depois pensou melhor e, antes de mostrar sua preocupação, foi atrás de quem havia feito a denúncia.
Dirigiu-se ao varal de roupas e olhou para o alto do prédio. Após alguns minutos de raciocínio, deduziu:
- Só pode ser do apto 301, pois os outros aptos desse bloco são encobertos por esta árvore.
Ela seguiu em direção á quem havia denunciado.
- Isto mesmo, Dona Ernestina, fui eu quem ligou pra senhora.
Sei muita coisa sobre seu marido, mas não sei se devo lhe contar.
- Mas é claro que deve me contar, seu Olavo. Preciso saber de tudo.
É claro que Olavo não contaria sobre os subornos, pois aquilo denunciaria a ele próprio, mas contou outras tantas coisas que, somente os anos de amizade dos dois, poderia revelar.
- O fato é que seu marido, entre outras coisas, participa de um esquema impuro, quase que uma quadrilha, e vem ganhando muito dinheiro com isso.
- Co- como assim, seu Olavo? O senhor está brincando! O Ari nunca foi disso!
- Infelizmente, dona Ernestina, eu também me enganei quanto a ele.
- Mas então o que ele está fazendo?

Qual será o destino de nosso herói? Você é quem sabe:

a) Seu Olavo inventara esta quadrilha para tirar seu corpo fora, pois ele era culpado nessa história e tinha medo de perder seu casamento;

b) Harry Josh agenciava garotas de programa, em troca de comissão, prestígio e status social. Para uso das moças, Ari raptava as calcinhas do varal;

c) Seu Olavo conta a verdade, diz que Ari José, agora Harry Josh, sabe de muitos segredos sobre todos os condôminos, e ganha dinheiro subornando-os;