terça-feira, 4 de agosto de 2009
O Enigma de Marlene - Final
Armindo assustou-se ao ver novamente os fartos seios aproximando-se, arrepiou-se ao sentir os carnudos lábios da moça deslizando em seu pescoço e descendo, seu zíper abrindo devagar já causava calafrios. Ao reerguer o rosto, a moça com a genitália de Armindo em mãos, segura firme em ferro, como uma agulha de tricô, ardendo no calor de um isqueiro.
-Armindo, isso pode ser prazeroso e rápido, ou muito lento e dolorido, embora eu prefira a segunda opção, não tenho muito tempo e aceitarei a primeira. Onde estão os malotes?
Assustado Armindo suava frio, e mantinha-se calado, imóvel, com que se estivesse vivenciando uma experiência fora de seu corpo. Estava tão inerte a situação que nem percebeu o objeto metálico, avermelhado pelo calor, adentrando sua uretra vagarosamente. Quando voltou a si, um gemido seco e rápido foi sua resposta a dor, então, desmaiou.
Sonhava com Marlene, tudo que ela havia lhe proporcionado e ainda o faria, e em uma súbita falta de ar ele acordou, ele sentiu a água entrando em seus pulmões, quando puxaram sua cabeça para fora de uma banheira. E assim, sucessivas vezes, até que Armindo desmaiasse novamente.
-Sr Toniollo, ele não quer falar, tentamos de tudo, não adianta. Acredito que ele vá morrer com o segredo. Disse a formosa moça dos avantajados seios.
-Cáspita! Oque foi que ele disse?
- Disse que o senhor deve a ele, e sabe que devemos matá-lo, quer a Kombi e voltar a sua vida normal. Disse ela.
- Dio Santo Filha mia, não és capaz de arrancar simples palavras de um vendedor qualquer! Ele falou somente o que io mandei. Esperava mais de você. Infelizmente perdeste, os negócios ficarão nas mãos de Francesco. Melhor retornar a Itália, sabe bem que seu irmão não a quer viva. Sinto muito, te voilo muito bene amada mia....
terça-feira, 28 de julho de 2009
O enigma Marlene -Parte dois
“Como explicaria o fato de que não era o cara certo?”, “o que fazia aqueles brutamontes pensarem que era o cara cero?”, “seria ele o cara certo?”. Dúvidas. A cabeça de Armindo era ladeada, sondada e habitada por milhares de dúvidas. E Marlene, que destino dariam à Kombi mais magnífica que o mundo já tomou conhecimento?
- Sabe, Armindo, o por que te pegamos? - disse o homem mais alto, encapuzado e de terno, que agora dirigia Marlene.
Armindo não sabia o por que, mas ao ouvir o seu nome, ficou claro a ele que era o cara certo. Não tinha mais certeza de nada. Ou já entendia tudo. O fato é que não houve tempo para que fizesse juízo de qualquer assimilação. Caíra desacordado após inalar uma substância de odor forte e desagradável.
Acordou, detido, acorrentado e amordaçado em um lugar estranho, que definitivamente não era a Marlene. Que destino o aguardava. Armindo sofria de um transtorno, e pouca gente sabia. Tinha mania de limpeza, além de uma série de outros tiques nervosos, sofria do popular “toc” (transtorno obsessivo compulsivo). Naquele lugar imundo, não conseguiria se controlar, porém, suas mãos estavam amarradas às costas, não tinha me mobilidade para bater com a ponta das unhas no dente canino, coisa que fazia frequentemente, quando estava nervoso.
“Que lugar era aquele?”, “por que o pegaram?”, “o que fizera?”. Dúvidas, aliás, Armindo era inseguro, será possível que soubesse ao menos seu próprio nome? O certo é que estava detido e acima da tudo, Marlene estava com eles. Era como se um filho fosse tirado de seu ventre e entregue ao esmo.
Tremia com o vento que soprava forte e com a escuridão que adentrava o cativeiro, quando a porta do local irrompeu e dela surgiu um vulto esguio e pequeno.
- Levanta, vamos dar uma volta. Tu tem algumas coisas para nos contar. - disse o bandido encapuzado.
Armindo obedeceu, com relutância levantou e ali ficou até ser acompanhado aos chutes pelo sequestrador. Voltou para Marlene e que estava estacionada ao lado do seu cativeiro. Estavam em uma espécie de fazenda.
Ao entrar na kombi, que já era habitada por mais duas pessoas, surpreendeu-se ao ver que uma mulher estava com eles. A mulher expunha seios rijos, e fartos num decote obsceno que permitia a Armindo deseja-lha mesmo que pudesse morrer em suas mãos. A mulher estava encapuzada.
- Seja rápido em suas respostas e lhe pouparemos dor – disse ela, com voz suave e mexendo mecanicamente a boca carnuda e sensual. Definitivamente a desejava, e possibilidade de dor iminente a tornava ainda mais caliente. Seria sadomasoquista o Armindo? Talvez.
- Essa Kombi, como tu bem deves saber, pertenceu ao chefe da máfia italiana, Segnor Toniollo, que a descartou há algumas decadas. Sabemos, senhor Armindo, que o senhor a adquiriu em um negócio envolvendo muitas drogas. O que acontece é que sabemos da sua importância no mundo do crime. E o que queremos é saber que fim o senhor deu aos malotes com dinheiro que foram deixados no carburador da kombi? Lhe proporcionarei prazer se colaborar. - e dizendo isso, esfregou seus fartos seios no libido de Armindo, que mesmo apavorado exitou-se por completo.
Armindo preparou a garganta – que ficara ainda mais seca após a investida da moça - Começou sua fala com reticências, exatamente assim:
- …
O que dirá Arimindo?
A) Não sei do que estão falando. Sou um mero amante da Kombi, vendo cachorro quente, e as marcas brancas no banco não são o que estão pensando.
B) Diga a Toniollo que ele me deve, e só depois que me pagar lhe darei o que quer.
C) Raquel, tu foi longe demais com as tuas fantasias, eu cheguei a ficar apavorado. Quero terminar nosso namoro.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
VOTAÇÃO ENCERRADA!
Aguarde para descobrir o mistério de Marlene!
terça-feira, 21 de julho de 2009
O Enigma Marlene
Inseparáveis. Estes eram Armindo e Marlene.
Sem Marlene, era como se Armindo não existisse. Ela era o coração, o cérebro e os rins do pobre vendedor de cachorro quente.
Esta paixão começou há cerca de 5 anos. Lembro bem do dia em que acompanhei Armindo até a concessionária para escolher seu estabelecimento de trabalho: Uma Kombi seminova: A Marlene. Até o momento, era uma simples Kombi em regular estado de conservação que, transformada em uma simplória cabine de cachorro quente, transformou-se, também, na paixão de Armindo.
Os negócios estavam indo cada vez melhor, e o sucesso do empreendimento, segundo ele, era todo da Marlene:
- “Ela é quem atrai os clientes!”
- Armindo, você conquistou certa clientela, mas não acha que está na hora de trocar de carro? Sei lá, uma van mais moderna, tu podes cuidar dela tão bem quanto cuida da Kombi...
Desde este dia, não nos falamos mais.
Aquilo foi um desaforo para Armindo. Foi como se pedissem que trocasse de sexo, por exemplo. Existia algo muito mágico que ligava o meu amigo àquela lata velha. Como poderia alguém se apegar à um objeto tão antigo e mal cuidado? Era mais forte do que ele.
Certo dia, passando pelo ponto gastronômico mais famoso da pequena cidade, eis que me espanto com a ausência da Marlene.
Algo muito sério teria acontecido, para Armindo não comparecer ao trabalho, principalmente durante a semana, que sempre tem movimento.
Solteiro, Armindo morava com o pai, em uma casa de madeira, maltratada pelo tempo e visivelmente necessitada de um toque feminino. Com ele mesmo que eu iria conversar.
- Seu Pasqual, desculpe o incômodo, mas precisava saber: O que aconteceu com o Armindo? Não o vi no trabalho hoje e achei muito estranho...
- Nem te preocupa, com o Armindo deve estar tudo bem, o problema é aquele caco velho, que ele insiste em tratar com tanto carinho. A tal de Marlene.
- Mas o que houve com a Marlene?
- Desapareceu aqui de casa e, como o Armindo não me conta mais as coisas, nem pedi o motivo do sumiço. Tomara que tenha caído na real e comprado um carro com menos furos na lataria.
Notei a frieza de seu Pasqual, um homem que, desde que o conheci sempre fora sério e de poucas palavras. Sendo assim, resolvi fazer apenas mais uma pergunta a ele:
- Mas bem sabe o senhor que seu filho não vive sem aquela Kombi. Não lhe preocupa?
- Mais cedo ou mais tarde ele entenderá e aceitará.
O que teria acontecido a Marlene? Qual seria o motivo do sumiço misterioso dela?
Tude-cide:
a) Um comerciante concorrente roubou Marlene, tentando tornar-se o melhor vendedor de Cachorro Quente da cidade;
b) O pai de Armindo, que conhecia alguma macabra história sobre o passado desta Kombi, tentou desfazer-se dela, para que seu filho não sofresse do mesmo mal que contava a lenda;
c) Armindo fora seqüestrado e, à bordo da Kombi, segue uma viagem sem rumo, refém dos seqüestradores (Porque alguém seqüestraria aquele ferro velho? O que Marlene teria de tão especial? Descubra!).
terça-feira, 14 de julho de 2009
O Silênico de Ari José
Quando você chegou em casa, eu te tratei naturalmente, e quando fiz amor contigo, a no-i-te inteira, de-mo-ra-da-men-te.... Foi a canção da despedida, foi.. trilimmm trilimmmm. Um telefonema interrompe a música preferida de Ari.
- Sr Harry, pode falar.
- Claro Pâmela, é sempre um prazer ouvir sua voz minha linda. Responde Ari
- Resolvi aceitar sua oferta, afinal o senhor foi sempre tão bom pra mim, me ajudou tanto quando precisei, foi meu amigo, meu conselheiro, meu homem...
- Tudo bem minha querida, vai ser muito feliz e muito bem recompensada, as acompanhantes que eu mandei pro exterior já estão todas com dupla cidadania e trabalhando por conta própria, me objetivo não é o dinheiro, quero dar a chance das meninas brasileiras serem bem sucedidas.
- Obrigada Sr Harry.
- Josh, Sr Josh, assim que me chamará agora, trabalha pra mim.
- Tudo bem Sr Josh, aguardarei no lugar de sempre.
- Tudo bem meu pãozinho de mel. E assim acabou a ligação que permitiu a Ari seu feito tão procurado. Seu primeiro 1 milhão de reais.
A essa altura, Harry Josh não trabalhava mais no prédio, Dona Ernestina vivia sob desconfiança, não havia engolido a história do tio rico e herança milionária.
O Tráfico de mulheres para o exterior ia muito bem, até o dia em que Pâmela a mais linda moça garimpada por Josh, se apresenta como investigadora de polícia. Ali a posição social, o reconhecimento, o dinheiro, tudo se foi. Como se um vendaval houvesse passado e arrastado tudo. Sumiu como em passe de mágica, na verdade assim como veio, se foi.
Já na cadeia, Ari não queria nem ouvir falar em Harry, tão pouco Josh. Ele retorna a seu estilo pacato, paciencioso, acima de tudo respeitoso. Seu comportamento era plausível, era admirável e admirado. Tanto que ele já tinha a confiança dos carcereiros e também dos guardas da prisão, em função disso ele já tinha certas regalias, prestava serviços diferenciados, guardava documentos, conferia as pastas de detentos entre outros serviços administrativos.
Tudo ia bem, ele voltara a ser o bom moço de antes, respeitoso e respeitado, ele estava, na medida do possível, feliz de novo. A única coisa que lhe incomodava era a ausência de visitas, não havia recebido nenhuma nos 4 anos que já estava sob cárcere.
Até que em um belo dia, na sala de visitas existe alguém a espera de Ari José.
A visita perturbadora lhe diz - O que você acha de “Ari José, as histórias de um presidiário”.
Afinal, ele conhecia segredos;
domingo, 12 de julho de 2009
FIM DE PAPO
A alternativa escolhida pela maioria foi a B... em breve, neste mesmo canal, o fim do pobre Ari Josh...
terça-feira, 7 de julho de 2009
O Silêncio de Ari José
Dona Ernestina nunca havia desconfiado de nada. Ari José nunca lhe deu motivos para desconfiança. Achava estranho o fato de seu marido, de uma hora pra outra, ser tratado pelos condôminos como uma espécie de rei do condomínio, e não como um porteiro normal, por mais que seja bem quisto por todos, costuma ser tratado. O Carro que Ari José havia recentemente desencantado também não tinha sido bem entendido por Dona Ernestina, pois seu marido nunca foi de comprar rifas, e simplesmente aparecera em casa com um veículo novinho em folha.
Pois bem, por mais que tudo estivesse um pouco estranho, dona Ernestina contentava-se com a sorte e o prestígio de seu homem.
Há alguns dias recebera uma ligação anônima, acusando seu marido de traição. Ousaram dizer para Ernestina que uma bela loura estaria na vida de Ari.
- Não do meu Ari! Calúnia!
Outras tantas ligações sondaram a vida dela nestes dias, todas com o mesmo intuito: destruir o que Ari tinha de mais valioso em sua vida. O Casamento.
Ernestina não acreditava em nenhuma palavra do que diziam os calhordas anônimos. Sempre confiante no seu “taco”, Ernestina tinha uma reputação a zelar, e via em Ari José, um homem fiel e de respeito. E ele realmente fora assim por boa parte de sua vida.
A última ligação foi pra acabar com a paciência da pobre Ernestina.
- Ari José, seu marido, volta e meia, rouba calcinhas das moças, no varal de roupas do condomínio. Não sei se ele as vende, ou se é uma espécie de obsessão, mas o fato é que ele tem feito isto há muito tempo. Observo a alguns dias, da janela do meu apartamento, e o vejo no ato.
Conturbada com tanta denúncia, Dona Ernestina resolveu averiguar a situação, para ter a certeza de que seu marido realmente era inocente.
Vasculhou todas as peças de sua casa, bem como do condomínio, e foi na casa de máquinas do elevador, atrás da caixa de ferramentas de seu Ari, que Ernestina encontrou uma sacola plástica, com dezenas de calcinhas usadas.
Dona Ernestina foi ao chão.
Pensou em conversar com Ari, para ver a sua reação. Depois pensou melhor e, antes de mostrar sua preocupação, foi atrás de quem havia feito a denúncia.
Dirigiu-se ao varal de roupas e olhou para o alto do prédio. Após alguns minutos de raciocínio, deduziu:
- Só pode ser do apto 301, pois os outros aptos desse bloco são encobertos por esta árvore.
Ela seguiu em direção á quem havia denunciado.
- Isto mesmo, Dona Ernestina, fui eu quem ligou pra senhora.
Sei muita coisa sobre seu marido, mas não sei se devo lhe contar.
- Mas é claro que deve me contar, seu Olavo. Preciso saber de tudo.
É claro que Olavo não contaria sobre os subornos, pois aquilo denunciaria a ele próprio, mas contou outras tantas coisas que, somente os anos de amizade dos dois, poderia revelar.
- O fato é que seu marido, entre outras coisas, participa de um esquema impuro, quase que uma quadrilha, e vem ganhando muito dinheiro com isso.
- Co- como assim, seu Olavo? O senhor está brincando! O Ari nunca foi disso!
- Infelizmente, dona Ernestina, eu também me enganei quanto a ele.
- Mas então o que ele está fazendo?
Qual será o destino de nosso herói? Você é quem sabe:
a) Seu Olavo inventara esta quadrilha para tirar seu corpo fora, pois ele era culpado nessa história e tinha medo de perder seu casamento;
b) Harry Josh agenciava garotas de programa, em troca de comissão, prestígio e status social. Para uso das moças, Ari raptava as calcinhas do varal;
c) Seu Olavo conta a verdade, diz que Ari José, agora Harry Josh, sabe de muitos segredos sobre todos os condôminos, e ganha dinheiro subornando-os;
segunda-feira, 6 de julho de 2009
VOTAÇÃO ENCERRADA!
A alternativa mais votada foi a letra C!
Aguarde...
terça-feira, 30 de junho de 2009
O silêncio de Ari José
Quando se apresentava não gostava de esconder, se sentia sujo caso contrário. Dizia sempre: “Ari José, testemunha, cúmplice, e quando muito me convém porteiro”. Assim dispensava maiores contatos.
A verdade é que Cláudia sabia que podia confiar em Ari José. Há 20 anos morava ali, e o porteiro sempre fora de total confiança. Nunca abrira a boca pra nada. Ari José era de fato um cúmplice, o seu cúmplice. Graças a ele, Olavo até hoje não soubera de sua história extraconjugal, ou de suas histórias, em um plural vastamente utilizado.
É bem verdade que Ari José tinha afinidade com o seu Olavo. Mesmo time e tudo. Jamais sonhou em contar para dona Cláudia sobre a loira...as loiras, ou a morena...as morenas, que via sempre com seu Olavo. E também o mundo está tão diferente hoje em dia. Sexo banal. Quem sabe ela até já soubesse de tudo. Melhor seria não arriscar, e fugir de uma eventual saia justa.
O casal vivia assim, em paz, Cláudia e seus amantes, e Olavo com suas loiras, morenas, etecéteras. Ari José era o pivô do sucesso de um casamento de anos.
Quando aquele escritor apareceu, Ari José foi corrompido. Dinheiro, sucesso. Quem sabe o livro ainda teria uma foto sua na capa. A única coisa que o homem lhe revelou fora o título: “Ari José, as histórias de um porteiro”.
Ari José refletiu, pensou se queria mesmo isso pra si. Trairia a confiança de seus moradores. Verdade que não só dona Cláudia e seu Olavo tinham seus próprios adultérios. Quase todo prédio tinha um segredinho, porém, na maioria das vezes, o segredinho não perdurara tempo o suficiente para que Ari José fosse seu zelador. Portanto, sua preocupação foi toda com seu Olavo e dona Cláudia.
Sabia o que ia fazer.
Quando Cláudia botou o pé no prédio e cumprimentou o porteiro, o mesmo lhe proferiu: - Dona Cláudia, tenho que conversar com a senhora. É muito sério.
- O que foi seu Ari José?
- Sabe aquilo que a senhora faz, digo, não que seja da minha conta, mas sabe como é, eu não tenho como deixar de ver.
- Aquilo, o que?
- Os homens
-Meu Deus! Não diz mais nenhuma palavra. Quanto você quer? – disse Cláudia já com a mão no talão de cheques.
Foi aí que Ari José começou a entender, tinha segredos na mão e se tinha segredos, tinha poder. Seria rico o Ari José, já imaginava-se estampando as capas de revistas de fofocas, como uma nova celebridade, mas ao invés de talento, ele tinha segredos.
Ia procurar o seu Olavo, ou melhor, só Olavo agora – o poder subira à cabeça da Ari José -, ia contar do livro, ou ainda, diria que seria um filme.
- Não, Ari José...- dizia Olavo
- Harry Josh.
- O que?- Harry Josh, assim que eu quero que me chamem.
- Ah, sim. Não Harry Jota...
Você decidirá:
B) Começa a ser ameaçado, pois ele morto é menos perigoso.
C) Dona Ernestina, a mulher de Ari José, ou Harry Josh, começa a receber telefonemas anônimos, revelando segredos do seu marido.
terça-feira, 23 de junho de 2009
O Apagão (parte 3 - final)
Que palhaçada é esta? Eu sou muito metódico quanto a isto. Todo mês separo a fatura do cartão de crédito, a conta de água e a conta de luz, e deixo pra minha esposa fazer o pagamento... deve haver algum engano.
Após alguns minutos de discussão, Dilomar toma a decisão:
- Amanha mesmo passo aí e nós resolvemos tudo.
Apesar de todo o constrangimento, Dilomar conseguiu ter uma ótima noite de sono, sabendo que sua estimada petúnia manteve-se a salvo.
Na manhã seguinte, após aprumar-se para o dia que viria, Dilomar chegou à mesa do café majestoso, seguro de si, afinal, era ele quem tomava as decisões naquela casa:
- Jenifer, não tomarei café hoje, tenho que ir até a RGE resolver este mal entendido.
- Calma, espera 5 minutos e eu vou com você, meu bem.
No caminho, Dilomar não parava de falar na humilhação que havia sido exposto.
- Onde já se viu, Jenifer? Eu nunca atrasei uma única conta, e agora eles me vêm com essa.
- Calma amor, quem sabe eles só se enganaram. Não entendo porque você fica tão nervoso, apenas por estarmos sem luz.
- Não gosto disso, Jenifer, não gosto mesmo.
Chegando à RGE, confirma-se a informação passada por telefone:
- Como assim não paguei?
- Meu senhor, esta é a informação que eu tenho aqui. O senhor tem certeza de que não se esqueceu de quitar a fatura?
- Eu tenho absoluta certeza.
- O senhor tem o comprovante de pagamento?
Dilomar volta-se para Jenifer, lançando um olhar como se perguntasse: “Você trouxe, não é?”.
- Na verdade, amor, acho que o perdi.
- Ahh meu Deus. Não acredito que terei que pagar novamente, tudo porque você perdeu o comprovante.
Eu deveria saber que era culpa sua, tu não me conta mais as coisas.
- Eu não te conto as coisas? Você que não demonstra nenhum interesse em conversar comigo, Dilomar!
- Mas é claro, você só vem puxar assunto quando é para pedir presentinhos: “Amor, tu podia me dar uma chapinha nova, não acha?”.
- Discutimos isto em casa, Dilomar, agora, pague logo isto e vamos embora.
- Sua mãe é que inventa essas manias, e tu segue direitinho. Me diz, pra que alisar os cabelos?
- Já disse que depois conversamos sobre isso!
- Moça, qual o valor da fatura mesmo?
A atendente, meio sem jeito responde:
- Cento e vinte e seis reais, senhor.
- Que prejuízo! Viu Jenifer, com este dinheiro, poderia comprar aquela porcaria de aparelho que tu sempre me enche o saco pra te dar, não acha? Mas claro, se você não tivesse perdido o maldito recibo.
Dilomar estava furioso.
Jenifer, em sábias e corajosas palavras, responde:
- Pois é.
Com a paciência esgotando-se, a moça do caixa pede:
- O senhor paga em dinheiro?
- Não, não, pega aqui o meu cartão.
Alguns minutos e cinco tentativas depois:
- Senhor, seu cartão não tem créditos suficientes.
- Como não? Sempre deixo o crédito certinho para todas as contas, não é diferente com a tarifa de luz. Tenta novamente.
- Ah, sim paga, claro. Primeiro a luz, agora o cartão, vejo o quão assíduo pagador o senhor é. Meu senhor, já tentei cinco vezes, não tem créditos.
Dilomar lança um olhar fulminante, sobre Jenifer.
Jenifer virou-se um pouco. 25 graus, botou a mão no bolso. 39 graus, tirou algo de dentro dele. 48 graus, era o celular. 90 graus, apertou botões. 180 graus:
- Alôu, é do Magazine Luiza? Gostaria de fazer uma devolução...
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Nos próximos dias estarei postando o final desta história, baseado na alternativa A, que foi a mais votada!
Aproveito para apresentar-me como mais novo integrante deste grupo blogueiro maravilhoso...
A partir de agora, juntamente com o Ricardinho e o Vini, estarei contribuindo com as histórias.
Atenciosamente
Fredi_Bazzan
terça-feira, 16 de junho de 2009
O apagão (segunda parte)
- Tenho escolha?
- Ou isso, ou te dou uma facada.
- Ah, duvido.
- Duvida?
- Duvido
- Pois não duvide.
- Pois eu DU-VI-DO.
Aquilo foi o fim. O cúmulo da paciência de uma pessoa se esgota quando alguém, além de duvidar dela, ainda fala como se ela fosse uma criança sendo alfabetizada. Aí não. Jenifer era invocada, que ninguém duvidasse disso, que não duvidassem dele, que ninguém dissesse que não era. E acima de tudo, que Dilomar não duvidasse dela.
- Ah, tu me paga. Vira de costas – vociferou a moça.
- Não viro. Por que viraria?
- Por que sim. Diz no texto anterior que a facada era pelas costas.
- Mas aí é que não viro.Mas não viro mesmo.
- Olha aqui, Dilomar, tu não me irrita, to com a faca.
- Ta nada, a faca ta ali ó – Dilomar apontou para o bidê ao lado da cama.
Constrangida, Jenifer viu que estava com o alicate de tirar cutícula a mão. Dilomar duvidou dela, e ainda a ridicularizou. Isso não ia ficar assim.
- Sabe a petúnia? – disse ela, com a voz mais sarcástica possível.
- Não, petúnia não. Larga isso. A petúnia não.
- Vira de costas, ou acabo com essa tua florzinha de merda.
Dilomar estava encurralado. Um passo em falso perderia a vida, ou pior, a desalmada da Jenifer acabaria com a vida da flor que cultivara com tanto carinho desde a obsolescência de sua juventude. Aquela flor era tudo pra ele, fora sua confidente, durante uma deturpada fase de sua vida. A flor era seu ombro amigo, sua mulher, sua amante, sem sexo, que fique claro. Mas o amor era sem igual.
Sempre tivera o raciocínio rápido, o Dilomar, desenvolveu isso nas longas partidas de xadrez que travara com seu pai, e vez que outra com a petúnia. Sabia que tinha uma única chance de escapar, enquanto virava-se vagarosamente de costas, lembrou-se de toda a discussão. Virou-se um pouco 25 graus, botou a mão no bolso. 39 graus, tirou algo de dentro dele.48 graus, era o celular. 90 graus, apertou botões. 180 graus:
- Alou, é da RGE?
O que acontece a seguir?
A) Jenifer e Dilomar tem que ir até a RGE para que o problema da luz (falta de pagamento), seja resolvido.
B) Jenifer não ta nem ai para a luz. Dilomar a humilhou, ela parte pra cima dele e os dois se engalfinham.
C) Petúnia é assassinada pela possessa e agressiva Jenifer.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
O Apagão - O início
- Não sei, por?
- Não acende ué! Não percebeu que nenhum equipamento elétrico funciona?
- Ahhh, sei lá, deve ter faltado.
- Hum...
Alguns minutos depois.
- Os vizinhos dos dois lados têm luz!
- Aham...
- Aham???? Só nós não temos luz, não acha isso muito estranho?
- É, estranho mesmo.
- Ta, e você vai fazer o que?
- Sei lá?
-Ta de brincadeira né?
- O que houve?
- Nós não temos l-u-z e-l-e-t-r-i-c-a!
-Ah! É mesmo.
Seria um dia comum na vida de Jenifer e Dilomar, não fosse à falta de luz, e falta de comunicação do casal que se tornara evidente nos últimos tempos. Desde o jantar de final de ano, quando a mãe de Jenifer manifestou em frente toda a família o desgosto pela escolha matrimonial da filha, trocar Pedro João, Médico por Dilomar um sujeito simples, calmo, e acima de tudo, um ótimo chapeador de carros.
E agora, é com vocês!
A – Quem reclama da falta de Luz é jenifer, ela perde a paciência e atinge Dilomar pelas costas com uma faca!
B - Quem reclama da falta de Luz é Dilomar, ele perde a paciência e atinge Jenifer pelas costas com uma faca!
C – Eles continuam discutindo.
Problemas de força maior incindiram no atrazo deste post, porém este fato não repetir-se-á!
terça-feira, 2 de junho de 2009
Na mudança da rotina (parte 3- Final)
O cheiro que sentira, vinha do Zé Jiboia (jiboia sem acento, seu word imbecil). Aquele aroma suave como flor de campo, refrescante como halls preto, e fixante como picão de mato em calça jeans, vinha do filho da mãe do Zé. Era cheiro de macho. Ele, Edilberto Siqueira era uma moçona desvairada.
Edilberto esquecera-se do tempo, da vida, dos problemas, e das mulheres, esquecera-se até que estava a mijar e inundara as belas botas de veludo do Zé. Apenas sentia aquele cheiro. Os segundos estenderam-se, até que sua bexiga esvaziou-se totalmente, e Zé Jiboia tirava a peixeira da guaiaca.
O pobre do Edi (como agora queria ser chamado), tentou – subconscientemente - jurava ele, acariciar o peito cabeludo de Zé, que usava, entreaberta, uma bela camisa marrom escuro. Zé não perdera tempo em ataca-lo.
Ferrenho, feroz, ferrado, fedonho, furtivo...(meu Deus, quantas definições com efe se pode dar uma só batalha?), foi o engalfinhamento dos dois pelo límpido chão do banheiro masculino - tão límpido quanto um chão de banheiro masculino pode ser. Zé não desgrudava de Edilberto, que por sua vez estava adorando a situação, uma vez que descobrira há minutos atrás, o quão fêmea ele era.
Seguranças invadiram o banheiro e separaram os dois, não sem que antes Edilberto levasse um belo murro em sua face, e caísse, desacordado ao solo.
Acordou, em uma cela, sozinho, jogado em um canto sombrio, fétido, mal-acabado, mal-cheiroso e imundo. Não lembrava-se ao certo o motivo de sua prisão, lembrava-se de relances do ocorrido, flashback's lhe voltavam à mente. Estava constrangido o Edilberto, protagonizara um feito ridículo, fora, por momentos é bom que se frise, mais fêmea que a Paris Hilton foi um dia.
Tinha vergonha, a desmoralizante falta de pudor do dia passado lhe assolava o pensamento, porém, sua mente agora viajava aos confins do seu subconsciênte. Tudo o que ocorrera era passado, o futuro seria de redenção ao fiasco, pensaria ele, em alguma forma de se redmir por tamanho descontrole. E o Zé? O que pensaria o Zé?
domingo, 31 de maio de 2009
Era isso
Agradeço a todos os amiguinhos que contribuiram com um lindo e estimado votinho, e peço que continuem por aqui, fazendo a sua alegria com a nossa (lindo isso).
Uma boa semana, e quarta-feira (por que a Libertadores permite) me farei presente aqui terminando o nosso tão lindinho texto.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Na mudança da Rotina. Parte II
Edilberto havia ficado “ouriçado” com a imagem da mulher imaginária e achou a idéia de uma festinha de noivado bem a calhar. Mulheres sempre ficam mais sensíveis nestes momentos, ou seja, sempre “rola um caldo”. Ele vestiu sua melhor camiseta (comprada na liquidação da loja Gang em Capão da Canoa), banhou-se lentamente (safado esse Edilberto!) e seguiu para a festa.
Chegando lá ele nem deu atenção para o fato da festa ser em um galpão improvisado e foi direto ao bar, porque beber ajuda a se soltar. Não demorou muito para que ele elevasse seu espírito. Então ele viu seu primeiro alvo. Uma morena de cabelos pixaim. Era “meia boca” mas ele não era exigente.
- E ainnnn?? – disse ele (sempre achou que mulheres gostassem de porto alegrês.) – Ta afim de um “Get togheter”? – continuou emendando seu inglês arcaico.
Estava ele lá, escutando o som de sua cachoeira pessoal quando, assim do nada, aquele cheiro inundou sua narina novamente. Ele então:
A) Virou-se de sopetão e urinou nos pés do Zé Jibóia que estava entrando no banheiro.
B) Sentiu que havia alguém atrás dele, virou-se e deu de cara com uma mulher, mas não só uma mulher, era a mãe de Zé Jibóia. Uma coroa das mais enxutas.
C) Não fez nada. Terminou seu serviço e saiu do banheiro sem lavar as mãos.domingo, 24 de maio de 2009
Fim de papo
Abraços a todos e mantendo o costume, que Jah os abençoe.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Na mudança da Rotina. Parte I
Porém, em uma quinta feira, tudo iria mudar. O trauma deixado pelo temporal de quarta feira a noite foi a perda do sinal da TV. Restava para Edilberto esperar a hora passar.
Edilberto debruçou-se na janela, sentia a brisa, e num rompante de vento, sentiu um aroma diferente. Edilberto por um instante sentiu-se deitado em um Jardim. Ele não conseguia identificar o cheiro, mas ele adentrava seu nariz de forma que chegava arrepiar seus pelos nasais, as pupilas dilatavam-se, as costas chegavam a se balançar com se um cubo de gelo escorrega-se por sua coluna vertebral no meio de um banho bem quente. Até a sua respiração mudara, estava quase ofegante.
Perfume de mulher.
Logo Edilberto ouviu um som, como ma música orquestral, o compasso de uma percussão ficava cada vez mais alto, como que mais próximo. Tal como um metrônomo, firme, reto, certeiro.
O salto alto.
Os minutos passavam e Edilberto viajava em seu subconsciente imaginando o quão maravilhoso seria vislumbrar quem estava se aproximando. Loira? Morena? Ahhhh só pode ser ruiva de cabelos lisos. Olhos escuros, pretos acentuados, um pouco puxados, quase orientais. Pele clara. Não! Cor de cuia, bem brasileira com olhos verdes e grandes. Sorriso aberto, empatia, alegria, a mulher dos sonhos de qualquer homem.
Paixão
E então:
A) Edilberto acorda, percebe que está atrasado, procura pelo sapato levado por seu cão e sai correndo.
B) Avista uma linda mulher, que lhe acena simpaticamente, lhe dando um oi cheio de empatia, alegria, suavidade, e certa timidez por trás do largo e perfeito sorriso.
C) Zé Jibóia, chega “diacavalo”, e convida Edilberto para a festa de noivado dele, com a ex namorada de Edilberto. (OBS. O cheiro? Também não entendi...)
domingo, 17 de maio de 2009
Quarta- feira tem mais
Acalmem-se, caros leitores, a primeira chegou ao fim. Mas temos ainda muitas outras para o deleite de nossos assiduos acompanhantes. Comunico-lhes, com uma certa dificuldade, não que eu tenha dificuldade em comunicar, o que tenho é dificuldade de escrever a palavra "comunico-lhes", e como eu sou burro, nessa explicação idiota que fui dar, escrevi "comunico-lhes" de novo. Me pegou outra vez. Pois bem, ta achando que eu sou idiota!? Ah, não sou. Quer ver? Pois bem, INFORMO-LHES(ha ha), que o próximo postador, será o excelentíssimo Vinícius de Moraes. Não, não estou louco, vai la ver no orkut do Vini se o nome dele não é Vinícius de Moraes Schneider, vai lá!
Tenham a certeza de que um belo post estará por aqui, na próxima quarta-feira, e que todos poderão se divertir, e nos divertir, com suas escolhas e comentários sempre bem vindos.
Muito obrigado por terem passado por aqui nessa primeira experiência, e que Jah os proteja, para que os tenhamos sempre como leitores e votantes, que são.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Eu explodo, tu explode, e o Dílson? - Final!
- Entrei, a partir deste momento, em férias.
Os acontecimentos do fim-de-semana ainda rondavam a cabeça de Dílson, e apesar de saber que não devia pensar aquilo, era engraçado imaginar o cabelo de sua sogra pegando fogo. Devaneando, Dilson acabou numa estrada vicinal da cidade, e gostou daquilo. Decidiu andar até o anoitecer e acampar em qualquer beira de estrada. E assim o fez. Só não pudia prever que acordaria num lugar tão exótico. Algo que ele só tinha visto nas aulas de histórias, em tempos idos.
- Uma aldeia, com índias de peitos caídos de fora? – pensou Dílson enquanto todos o observavam.
Que se lembrasse, nenhuma tribo indígena do Brasil era canibal, e torceu pra que esta não fosse diferente. Em pouco tempo soube que, eles falavam português e que gostaram do carro.Uma pena pensou, que os chefes se mostrassem-se bem mais interessados no veiculo, do que as indiazinhas.
Dílson ficou para a festa da Chuva, tradicional acontecimento da comunidade dos Tapibaqui. E apesar da falta de interesse no seu automóvel, as mulheres do local pareciam interessadas em aprender a trocar marchas com ele.
Depois das tradicionais danças, a bebedeira começou. Dílson aproveitou o embalo para tirar a roupa e entrar no clima da festa. Todos dançavam em volta do Celta preto de Dílson, segundo ele, o carro da chuva. Dílson sentia-se tão bem, que precisava falar. Subiu em cima do capô e começou um lindo discurso – que quase nenhum habitante da aldeia compreendeu, de tão enrolado que Dílson ficou.
De qualquer forma, todos acharam que Dílson tinha trazido a chuva, que começara a cair no momento que ele proferiu as primeiras palavras, e acharam que ele, era um mensageiro dos céus.
Na manhã seguinte, o agora pajé Dílson acordou, entre quatro índias e com a certeza de que ali, era o seu lugar.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Votação encerrada!
A alternativa vencedora foi a letra 'C' , e o gran finale estará no ar quarta-feira!
NÃO PERCAM!
terça-feira, 5 de maio de 2009
Eu explodo. Tu explode. E o Dílson? Parte 3
Não!!
O silêncio impera.
Segunda feira, 8h. Enquanto lavava o rosto e tenta de qualquer maneira desvencilhar se do gosto de chinelo havaianas na boca e da horrível dor de cabeça, Dílson conversava consigo mesmo, - Perdeste a razão Díl, perdeste a razão. Estava indo bem, tão bem.
Hora de vomitar, privada, aí vai o Dílson.
Embora Dílson acreditasse piamente que a verdadeira casa de sua sogra era tomada pelo fogo, visto que a senhora era a própria encarnação do “guanpudinho lá de baixo”, ele sentia-se mau pela atitude. Por mais que ele tentasse, não haveria desculpa plausível para a tentativa de queimar a mãe de sua esposa. E teria feito, não fosse a cadeira que do nada voara em direção a sua cabeça.
Dílson entendeu que havia exagerado que havia errado, mas, por mais que tentasse não compreendia o fato de o terem deixado ali, sangrando, com as calças urinadas e ido embora, todos. Melhor correr, privada, mais uma vez.
Não havia mais o que vomitar. Dílson sempre fora ao máximo comedido, ele não sabia mais como lidar com tal situação. Sentia náuseas ao ver-se no espelho., a espuma no canto da boca o incomodava, o cheiro exalado de seus poros embrulhavam ainda mais seu estômago, ele sentia como se o líquido da bílis viesse até seu “sininho e o puxasse para baixo”, o estômago todo torcido fazia barulhos, e o pior, começava a sensação do que em seguida, tornar-se-ia uma infeliz diarréia.
Dílson se pôs a pensar ali sentado, enquanto a água gelada caia em sua cabeça, entre idas e vindas a privada, que de nada adiantaria. Agora era hora de assumir seus atos, e acima de tudo, confirmar que ele realmente sentia tudo o que havia falado. Mas a lembrança de sua calça molhada as risadas e até uma cusparada dada pelo encapetado filho do Joaquim, aquele moleque sem respeito.
Ele não sabia o que fazer, mas saiu do Box, secou-se, vestiu-se....
O que aconteceu com o Dílson depois disso:
A) Foi ao encontro da Esposa, ele a deixaria. Mas a encontra semi nua na cama com Joaquim, o Pai do endiabrado garotinho.
B) Ele resvala e cai descordado, depois de horas sua esposa e vizinhos conseguem arrombar a porta que atinge o lado esquerdo de seu rosto, fazendo-o se retorcer na diarréia que se espalhara pelo chão.
C) Ele sai de carro, resolve tirar umas férias na mata, se perde e vai parar numa aldeia Indígena.
domingo, 3 de maio de 2009
Votação encerrada
Fiquem atentos, pois na próxima quarta-feira, o estimado Vini Schneider será o dono da postagem, portanto, saibam que vem coisa boa por ai. A opção vencedora foi a letra "A", ou seja, teremos tragédia, aliás, como bem disse o Marco, é coisa que gostamos de ver.
Abraço e fiquem com Jah.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Eu explodo. Tu explode. E o Dílson? Parte 2
Cada vez mais o povo aplaudia o pobre Dílson. Ele lá, parado com aquela tão conhecida cara de tonto. Pobre Dílson. Nem no seu momento de glória as coisas davam certo. Tomou mais um gole do seu uísque e continuou.
- Vocês todos sentados aqui são um bando de falsos, um bando de filhos da puta mesmo. Todos com esses sorrisinhos no canto da boca. Vocês nunca deram a mim o valor merecido. O único que realmente gosta de mim é o Agenor!
A gargalhada foi geral. Dílson tinha que meter o Agenor no meio. Seu fiel e companheiro cusco, como ele mesmo gostava de chamar. Um cachorro de raça indefinida que o acompanhava nos passeios pela visinhança todos domingos e que só o pobre do Dílson achava bonito.
- Agenor é meu melhor amigo. Sempre tenta me deixar feliz e me recebe com pulos de alegria, ao contrario de vocês que só me esnobam – continuou Dílson – Ahhhhh que saudade do Agenor!
Cada vez mais o povo gargalhava da cara do Dílson. Como ele era engraçado. Algumas pessoas já se arqueavam de tanto rir. Até mesmo a esposa do Dílson chorava de tanto rir daquele monólogo cômico sobre o “cusco”.
Ele ficou ali, sobre o toco perdido em pensamentos alguns segundos, vendo o Agenor correndo feliz pelo campo abanando o rabinho tomado pela sarna. Então ele voltou a si. O povo continuava rindo dele. Rindo do Dílson, o melhor amigo do Agenor. Então ele:
Então o que aconteceu?
a) Dílson jogou uísque e ateou fogo em sua sogra sentada na primeira fila para mostrar que falava sério.
b) Sentiu-se bem. Todos estavam rindo sinceramente de suas palavras. Como ele era engraçado. Como nunca havia pensando em ser palhaço?
c) Saiu correndo para casa. Iria fugir com Agenor.
domingo, 26 de abril de 2009
Votação encerrada!
Aaaaah! A alternativa escolhida, com a maioria massacrante dos votos, foi a "C", e o próximo post deverá surgir no nosso tão aclamado, quanto estimado blog, já na próxima quarta-feira.
Fiquem com Jah, e mais uma vez, em nome dos quatro tude-cideanos, OBRIGADO!
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Eu explodo. Tu explode. E o Dilson?
O Dílson era o típico engole sapo. Passou toda uma vida sendo alvo de piadinhas. Era calmo, e pacífico, a medida do possível, por ter sido criado de forma humilde, e estar ali, envolvido com tanta gente fina e elegante, depois de ter se formado em engenharia civil, ele não se adaptara, e nem queria.
Todos falantes, e da alta classe social, discursavam em um tom de voz sempre incisivo, Dílson nunca soube usar a voz como de fato deveria, era ainda, um índio velho da fronteira, como o chamavam, toda vez que ele atendia uma ligação ao celular, pois gritava como se estivesse tentando manter contato com alguém que estava a quilômetros dali, mas por viva-voz, sem aparelho algum, apenas no grito. Era o jeito dele, não mudaria.
Certa vez, fora atingido por uma pedra, sim, uma pedra, que o bostinha do filho do Joaquim, um amigo dos pais da mulher do Dílson, que eram da alta sociedade, o jogou. O piá tocou a pedra e saiu rindo, mesma coisa que fizeram os cornos dos pais dele, riram da cara do Dílson.
Diversas vezes, ele foi humilhado. Mas isso não ficaria assim. Decidiu-se. No dia do casamento da irmã mais nova da Clara, sua esposa, ia se declarar. Eles iam ver quem era o Dílson. Claro, a decisão foi tomada no próprio dia do casamento, embalada por diversas doses de uísque importado.
Na hora da cerimônia, realizada no campo, (coisa de veado, pensara o Dílson), ele encaminhou-se ziguezagueando, até um toco de madeira que estava disposto ao lado do altar, lá, usou-o como palanque, e proferiu a máxima: BANDO DE FILHOS DA PUTA! Eu quero que o rabo de todos vocês pegue fogo...
O que aconteceu com o Dílson depois disso:
a)Foi vaiado e tirado aos tapas pelo segurança do local
b)Caiu desmaiado de bêbado e acordou no leito de um hospital...divorciado.
c)Foi aplaudido em coro, pois ninguém entendeu o que ele queria dizer com aquilo, e o aplauso foi irônico, já que sempre fora o bobo da corte.